Segundo o presidente da CUT-AM, o manifesto tem o objetivo de defender os direitos da classe trabalhadora, da Petrobras e da democracia
Manaus - Após negar boatos de que o Governo teria pedido que adiassem ou cancelassem a manifestação marcada para a próxima sexta-feira (13), a Central Única dos Trabalhadores do Amazonas (CUT-AM) confirmou que o movimento também será realizado em Manaus. Até o momento, 26 estados confirmaram os locais de mobilização em suas capitais.
Segundo informações do presidente da CUT-AM, Valdemir Santana, a manifestação será realizada a partir das 16h, na Praça da Polícia, e seguirá para a Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus. “A manifestação não é, de forma alguma, uma respostas às manifestações pedindo o impeachment da presidente no dia 15 deste mês, como muitos tem alegado”, informou ele.
Para Valdemir, a ação tem o objetivo de defender os direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás, da democracia e da reforma política. “A manifestação não será partidária, não se trata de uma questão política, de defender a presidente, mas sim de questões econômicas e trabalhistas. Afinal, os políticos corruptos estão destruindo a Petrobras, a empresa que mais investe no Brasil e que representa 13% do PIB nacional”, comentou ele.
Conforme o presidente, também entram na pauta da manifestação: a defesa da reforma política e da democracia, em apoio à Constituição e contra a influência do poder econômico sobre o processo eleitoral.
Valdemir Santana não estimou quantos manifestantes estarão presentes na ação do dia 13, mas ressaltou que diversas instituições, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), assinaram o manifesto sobre a data.
Ao todo, 15 instituições, incluindo o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Fora do Eixo MÍDIA Ninja (FDE), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e a Marcha Mundial das Mulheres (MMA), participarão dos manifestos em todo o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, a concentração começa às 15h, na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Petrobras.
De acordo com a assessoria da CUT-AM, a manifestação será pacífica e não adotará ‘táticas de guerrilha’. “Existe uma crise real que precisa ser sanada e a culpa desta crise não é do PT, e a manifestação da CUT irá esclarecer ao povo quem são os verdadeiros culpados”, afirmou a assessoria, em nota, ressaltando “alguns grupos anônimos da direita ‘pintam’ um Brasil que não condiz com a realidade, e que a eles só interessa a instabilidade social, econômica e política do país”.
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