quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Volta às aulas: como garantir um bom começo?

Maria Luiza quer voltar a escola para aprender a ler e escrever


Nesta segunda-feira, boa parte dos alunos da educação básica estará de volta às aulas. Acertar no início do ano letivo é decisivo para ter boas notas o ano todo. E os pais têm um papel fundamental neste momento: precisam transmitir ao filho palavras que aumentem a sua motivação, dosar a agenda para que a transição férias - estudo seja feita de um modo gradativo e, claro, acompanhar o trabalho escolar todos os dias: deveres de casa, rotina de estudos, ritmo de aprendizagem.

Dois casos específicos merecem atenção redobrada. O primeiro é o das crianças que vão entrar na escola pela primeira vez. A experiência precisa ser positiva, para evitar eventuais resistências e estabelecer uma boa relação com o mundo escolar.

Para isso, os pais precisam controlar a própria ansiedade. Por exemplo, há mães que choram na entrada do colégio, ao ver o filho cruzar o portão. Embora essa reação seja compreensível, ela reforça o sentimento de separação e pode gerar insegurança. Há que manter a tranquilidade: afinal, na escola, a criança estará se desenvolvendo e terá educadores monitorando todas as suas atividades. Se os pais reagirem com naturalidade e alegria, ela se sentirá bem mais confiante.

Em alguns casos, é necessário um período de adaptação. Alguns colégios sugerem que os pais fiquem um pouco com os filhos na sala de aula, nos primeiros dias, para aumentar a sua autoconfiança. Vale explicar a eles o porquê de ir à escola, a importância de aprender e a oportunidade de fazer novos amigos. Em pouco tempo a criança se integrará naturalmente ao novo ambiente.

Outro caso que exige especial atenção é o das crianças que estão passando do 5º para o 6º ano (a antiga “5ª série”). Não é uma mudança simples: são mais matérias e professores, muitos livros didáticos, mais deveres de casa e provas. O papel dos pais é ajudar na organização da agenda do dia, reforçar sempre o hábito de estudo e não deixar que as matérias se acumulem.

Não dá para esquecer que, nessa fase, o filho está entrando na adolescência e irão surgindo outros interesses além do estudo. É uma etapa marcada por novos eventos, como conflitos entre jovens, bullying, excesso de internet, risco do consumo de drogas. É momento de insegurança e necessidade de autoafirmação.

Frente a isso, em vez de cobranças exageradas, que podem atrapalhar a relação familiar neste momento tão delicado, pais e mães precisam conversar bastante com os filhos, com transparência e abertura, para entender com se sentem e orientar diante das dificuldades.

Em todos os casos, é importantíssimo manter contato direto e constante com a escola, para saber se o estudante começou bem o ano, se tudo corre dentro das expectativas e se há algo que possa ser feito em casa para reforçar a aprendizagem. Quando essa sintonia entre família e escola acontece de verdade, as chances de ter um ano letivo bem-sucedido são bem maiores.


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