segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Para ajudar filhos a se recuperar bem, pais precisam se cuidar

DOENÇAS

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Estudiosos lembram da máscara de oxigênio: se você não respirar, não será capaz de cuidar de seu filho

Nova York, EUA. Uma doença infantil grave pode lançar uma sombra muito pesada sobre a família, muitas vezes por anos após a crise ter passado. Uma mãe foi à nossa clínica recentemente chorando porque o filho mais velho estava com problemas na escola. Ela se culpava. Anteriormente, o filho caçula adoecera com gravidade, e a mãe achava que tinha sido tão consumida pela preocupação – à época e desde então – que cometeu erros criando o mais velho.



Os pais podem se ver assombrados por uma doença ou ferimento de um filho. No momento, eles são confrontados pela verdade apavorante de que um filho corre perigo ou sofre dor. Quando as respostas ao estresse normal dos pais causam esgotamento em casos extremos – e quando continuam muito além da enfermidade do filho – um prejuízo adicional pode advir sobre a família. O trauma emocional da experiência, no caso dos pais o equivalente a vivenciar uma guerra, pode ecoar durante anos.

Pesquisadores que estudam o estresse parental costumam recorrer à metáfora da máscara de oxigênio: se você não respirar, não será capaz de cuidar de seu filho.

“Os pais precisam se sentir bem o suficiente para dar assistência ao filho doente e aos outros”, disse Nancy Kassam-Adams, psicóloga que dirige o Centro de Estresse Traumático Pediátrico do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos. “A pior parte é cuidar de si mesmo”.

Segundo artigo publicado neste mês em “Pediatrics”, uma simples intervenção preventiva poderia reduzir de forma significativa os níveis de estresse traumático e de depressão vivenciados pelos pais de bebês prematuros na UTI.

Sabe-se que tais pais correm um risco elevado de sintomas de estresse severo, incluindo flashbacks e pesadelos, ansiedade e fuga.

“Técnicas de reestruturação cognitiva ajudam as pessoas a reinterpretar e prestar atenção no positivo, sem descambar na catástrofe, desenvolvendo uma narrativa do trauma de sua experiência”, disse o doutor Richard J. Shaw, professor de psiquiatria na Stanford.

Um recado para os médicos é perguntar sobre a doença passada e sintomas possivelmente relacionados, e garantir que as famílias em sofrimento sejam encaminhadas a serviços de saúde mental onde as pessoas têm experiência com o estresse traumático.

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