quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Pai do padrasto de Joaquim saiu na noite do crime, revelam imagens

08.nov.2013 - Milena Aurea / A Cidade
Polícia quer saber se Guilherme, preso desde domingo suspeito da morte de Joaquim, contou com ajuda na noite do desaparecimento (Foto: 08.nov.2013 - Milena Aurea / A Cidade)

A Polícia Civil de Ribeirão Preto apura se o técnico em telecomunicações Dimas Longo foi até a casa do filho adotivo Guilherme Longo na madrugada em que Joaquim Ponte Marques, 3 anos, desapareceu.
A DIG teria imagens que mostram Dimas saindo de carro da casa dele e voltando minutos depois. No banco do passageiro tem outra pessoa, mas não é possível distinguir de quem é a imagem.
“São imagens que vamos anexar às provas que já temos. Ele [Dimas] já foi ouvido duas vezes, vamos apurar se ele teve alguma participação no caso”, disse o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e responsável pelas investigações do caso.
A Justiça já decretou a quebra de sigilo telefônico de várias pessoas da família e agora a Polícia Civil aguarda que as operadoras de telefonia envie a bilhetagem telefônica se vai dizer se houve contato entre os membros da família durante a madrugada que Joaquim desapareceu. O delegado também trabalha com a hipótese de que o crime foi premeditado. “Ainda precisamos apurar qual foi a motivação do crime, mas o casal continua sendo o principal suspeito. É improvável que alguém tenha entrada na casa”, disse.
Família
No dia do desaparecimento de Joaquim, a mãe adotiva de Guilherme, Augusta Longo, afirmou que o filho havia passado mal no domingo e tomado 30 comprimidos de um remédio controlado, sendo levado para um hospital. Na época, ela disse que preocupado, Dimas teria ido na madrugada de terça-feira, duas vezes até a residência de Guilherme, mas não chegou a bater porque a casa estava em silêncio. Segundo a mãe, Dimas disse que teve um mau pressentimento.
“Tenho certeza que meu filho não é um monstro, ele é inocente. Foi um menino criado com muito amor. Eu o acompanho desde a gravidez na barriga da mãe e ele amava o Joaquim”, afirmou Augusta, à época.
O advogado de Guilherme, Antônio Carlos Oliveira afirmou que não vai comentar o caso porque teve acesso ao inquérito policial apenas nesta terça-feira (12).
06.nov.2013 - F.L.Piton / A Cidade
Delegado Paulo Henrique anexou vídeo ao inquérito (Foto: 06.nov.2013 - F.L.Piton / A Cidade)
“Vou conversar com o meu cliente ainda hoje [terça] e depois vamos estudar o que poderemos declarar para a imprensa”.
Artur quer explicações
O advogado Alexandre Durante, que representa o pai de Joaquim, Artur Paes, afirma que é preciso esclarecer o que Dimas Longo, pai adotivo do padrasto do menino, estava fazendo na rua de madrugada.
Segundo ele, os caminhos adotados pela Polícia Civil podem esclarecer o fato.
“Acredito que as bilhetagens [dos telefones] poderão dizer se houve contato entre os familiares e se ele ajudou de alguma maneira o casal no desaparecimento de Joaquim”, diz
Ele também comentou o depoimento de Natália, que afirmou que o marido havia se autoaplicado 30 doses de insulina e que tinha ciúmes de Joaquim por ele ser filho de Artur.
“Esta caneta é fácil de ser manuseada e não se corre o risco de ministrar algo errado. Mesmo que for aplicado a mais, o correto seria acionar uma equipe de resgate e não se desfazer do corpo da criança.”
O advogado ainda diz que a opinião de seu cliente mudou com relação à suspeita. “Ele não a acusa. Porém, ao contrário daquilo que acreditava antes, passou a crer que ela possa estar envolvida”, afirma.

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