Ela anunciará até este sábado se disputará a Presidência no ano que vem.
Nessa hipótese, terá de se filiar a outro partido; registro da Rede foi negado.
Marina Silva, ao lado de integrantes da Rede, durante entrevista coletiva em Brasília (Foto: Fabiano Costa/G1)Na quinta (3), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou registro ao Rede Sustentabilidade, partido pelo qual Marina Silva pretendia concorrer à Presidência da República em 2014.
Pelo cronograma da Justiça Eleitoral, o prazo para filiação de quem pretende disputar a eleição 2014 termina neste sábado. Pelo menos três partidos (PPS, PEN e PHS) convidaram Marina para se filiar, a fim de poder disputar a eleição presidencial. Nas pesquisas de intenção de voto, ela aparece como segunda colocada, atrás da presidente Dilma Rousseff (PT).
Marina Silva afirmou que só tem conversado com siglas que têm a disposição de alterar seu programa partidário. De acordo com a ex-senadora, a negociação com as legendas não se resume à candidatura em 2014, mas envolve projetos políticos e ideologia.
“Vocês conhecem os partidos que têm disposição para um diálogo programático. Os que não têm disposição para um diálogo programático sequer estão aventando qualquer possibilidade. A conversa não é em torno de candidatura, é de programa, de ideia”, declarou.
Segundo ela, "há um perfil das pessoas que buscam a conversa e é uma conversa programática. Não em torno da candidatura e sim de um programa. Não é um mero projeto eleitoral, o que significa que as eleições fazem parte, mas não são um fim."
Processo de decisão
Embora tivesse convocado a entrevista coletiva para esta sexta a fim de anunciar a decisão sobre se concorrerá ou não, a ex-senadora disse que adiou porque o assunto é "sério". Logo após o anúncio do adiamento, uma jornalista exclamou: "Fala sério", ao que Marina respondeu: "Exatamente porque é serio e ainda tenho uma noite e um dia", disse.
Segundo ela, o processo de decisão é um “grande desafio pessoal”. “Já me deparei com situações muito complexas na minha vida. A primeira foi quando perdi minha mãe. A segunda foi o processo difícil de sair do PT e a terceira está sendo essa decisão que estou tendo que tomar até amanhã.”

A ex-senadora Marina Silva em entrevista nesta
sexta em Brasília (Foto: Reprodução/GloboNews)
A ex-senadora disse que tenta tomar a decisão "que seja a melhor contribuição para a renovação da política". Segundo ela, o que vai “pesar” na decisão de concorrer ou não são as propostas de quem estiver preocupado em não “polarizar” a política.sexta em Brasília (Foto: Reprodução/GloboNews)
Para ela, os partidos devem pensar no que é melhor para o país, em vez de adotar a lógica da “oposição pela oposição”.
“Vai pesar na minha decisão a disposição dos que estão preocupados com a ideia de que a gente tem que quebrar a polarização ‘oposição por oposição’, ‘situação por situação’. Devemos pensar no país. [É preciso] configurar uma agenda de investimentos estratégicos, em infraestrutura, saúde, educação. Estas são as questões que estão pesando aqui no processo decisório”, disse.
A ex-senadora destacou ainda que considera a Rede Sustentabilidade um partido já existente porque “tem base social em todas as unidades da federação, militantes e ética”.
“Não é um projeto de poder pelo poder, é uma visão de mundo. É isso que a Rede Sustentabilidade quer fazer. Sabemos que a verdade não está com nenhum de nós, está entre nós”, declarou.Para nós do SJV NEWS esta candidatura já nasceu meia morta pela pouca capacidade dela em articulação.
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