terça-feira, 29 de outubro de 2013

Equipes da PRF do Rio vão reforçar segurança na Fernão Dias após protesto em São Paulo


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou nesta terça-feira (29) que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) vai reforçar a segurança na rodovia Fernão Dias e também nas cidades que ficam próximas à estrada. Para isso, equipes do Rio de Janeiro serão deslocadas para São Paulo com objetivo de ajudar na ação.

As decisões foram tomadas após o protesto desta segunda-feira (28), no qual vândalos bloquearam a rodovia e incendiaram ônibus e caminhões. Segundo o ministro, o direito de liberdade à manifestação deve ser garantido, mas ações de vandalismo precisam ser combatidas.

— Tem acontecido um desvio muito claro onde aquilo que era uma manifestação pacífica acaba se transformando, por alguns elementos, em atos de vandalismo e depredação que nós não podemos aceitar. [...] É necessário que nós tenhamos uma política de segurança pública que garanta a liberdade de manifestação, mas que não permita o vandalismo.
Na manhã desta terça-feira, as forças policiais de São Paulo se reuniram para traçar um plano operacional de ação para coibir os atos de vandalismo.

Ainda nesta semana, na quinta-feira (31), o ministro da Justiça vai se reunir com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, e com o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para estabelecer uma estratégia comum de combate ao vandalismo durante as manifestações.

Cardozo quer o encontro inicialmente com representantes dos Estados onde as ações de vandalismo e depredação são mais recorrentes. No entanto, ele não descarta uma reunião com secretários de seguranças de outras unidades da federação.

— [A reunião] Não vai tratar especificamente desse episódio de São Paulo. Nós precisamos melhorar a troca de informações entre as polícias estaduais e a Polícia Federal. É para isso que vamos nos reunir nesta quinta.

O ministro também lamentou a morte do estudante, que deu origem ao protesto e pediu uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias do assassinato do rapaz.

— Além da nossa solidariedade, nós também temos manifestado reiteradamente a necessidade de que se faça, como tenho certeza que se fará, uma investigação rigorosa dos fatos para que a sociedade saiba as tristes razões que levaram a essa situação.

O protesto

Pelo menos 90 pessoas foram presas, depois dos protestos realizados nesta segunda-feira (28) em São Paulo. As manifestações começaram após o enterro do jovem de 17 anos que foi assassinado por um policial militar no último domingo (27).

O estudante estava na porta de um bar, quando a polícia apareceu, após uma reclamação de música alta. O rapaz foi baleado enquanto conversava com um amigo. O soldado que atirou está preso e alega que a arma disparou acidentalmente.
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Durantes os protestos, vândalos com o rosto coberto bloquearam a rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Minas Gerais, colocaram fogo em cabines de caminhões, ônibus e chegaram a dirigir um caminhão-tanque na contramão da estrada. A rodovia ficou completamente interditada na altura da região norte de São Paulo por mais de duas horas.

Protestos também foram registrados em bairros que ficam nas proximidades da estrada. Ao todo, pelo menos cinco ônibus e três caminhões foram incendiados. Lojas foram saqueadas e os manifestantes montaram barricadas nas ruas, interditando o trânsito de vias internas da cidade. Uma pessoa chegou a ser baleada, mas não há registro de mortes.

 

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