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Rosivaldo Ferreira Silva, mais conhecido como ´cacique Babau´, se
  entregou à Polícia Federal nesta quinta-feira (24), em Brasília. Ele é
  suspeito de participar do assassinato do agricultor Juraci Santana, 44 anos.
  O crime ocorreu em fevereiro deste ano, em Una, no sul da Bahia. 
A morte de Juraci, que era líder do assentamento Ipiranga, gerou
  protestos violentos na região, levando a presidente Dilma Rousseff a
  autorizar o envio de 500 homens do Exército para tentar conter o clima tenso. 
Babau participou de audiência na Comissão de Direitos Humanos da
  Câmara dos Deputados na manhã desta quinta-feira (24) e negou participação no
  crime. A prisão temporária do cacique foi decretada pela Vara Criminal da
  Justiça Estadual de Una em 20 de fevereiro. 
                                 Cacique Babau, suspeito de matar um agricultor de 44 em Una. 
Segundo a Polícia Federal, o mandado judicial foi emitido a partir de
  representação da Delegacia de Una pelo crime de homicídio qualificado. Babau
  permanecerá em cela separada e deverá ser encaminhado a uma unidade prisional
  ainda a ser definida. 
“Estou me apresentando. Não estou fugindo. A gente tem que enfrentar a
  guerra. Quero cumprir a prisão em Brasília porque no presídio de Una vão me
  matar”, disse o cacique ao G1. “Eu sei que a perseguição contra mim é porque
  falo claramente, coloco o dedo na ferida”, acrescentou o cacique à Agência
  Brasil. 
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Babau tentou
  viajar na quarta-feira (23) ao Vaticano para encontro com o papa Francisco, a
  convite da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 
Porém, o passaporte do cacique foi suspenso pela Polícia Federal menos
  de 24 horas depois de emitido por conta de quatro mandados de prisão: três
  arquivados em 2010 e outro da Justiça Estadual de Una acusando-o de
  participação no assassinato do agricultor. 
Babau é um dos líderes da tribo Tupinambá de Olivença, que vive na
  região de Mata Atlântica, no sul da Bahia. De acordo com o secretário
  executivo do CIMI, Cleber Buzatto, a decisão de se apresentar à PF em
  Brasília e não à Justiça da Bahia se deve ao temor de que o cacique sofresse
  um atentado. 
“O inquérito durou quatro dias e o mandado de prisão foi expedido dez
  dias depois do assassinato. Há indícios de que o cacique Babau poderia ser
  executado se permanecesse na Bahia”, afirmou Buzatto. 
O cacique já havia sido preso em 2010 sob acusação de praticar atos de
  violência, ameaça e pertubação da ordem e comandar a invasão de uma fazenda
  na Serra do Padeiro. Ele também era suspeito de crime de dano e cárcere
  privado, invasão de fazendas, tentativa de homicídio, incêndio criminoso,
  ameaça de morte a fazendeiros, depredação de bens públicos, saques de bens em
  propriedades rurais e formação de quadrilha. 
Conflito O conflito entre agricultores e índios tupinambás na região da Serra do Padeiro se intensificou desde o final semestre do ano do passado. Depois da morte de Juraci, moradores de Buerarema realizaram um protesto que durou cerca de 10 horas na BR-101. Os manifestantes destruíram parte da pista que corta a cidade e ameaçaram explodir uma ponte com dinamites. 
Fazendeiros e índios disputam uma área de 47,3 mil hectares na região.
  A área foi delimitada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2009. Desde
  então, os índios cobram que o Ministério da Justiça expeça a portaria
  declaratória, reconhecendo-a como território tradicional indígena. Feito
  isso, ainda será preciso aguardar que a Presidência da República homologue a
  área. | 
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Suspeito de matar agricultor, Cacique Babau se entrega à Polícia Federal
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