segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Quadrilha usa bluetooth para clonar cartões de chip e movimenta milhões


Existem quase 194 milhões de cartões de crédito e débito no Brasil. E o Brasil é pioneiro no uso do chip, uma tecnologia considerada supersegura. 

Só que bandidos conseguiram quebrar essa barreira de segurança e estava clonando cartões com chip, o que nunca tinha acontecido. André Alves da Silva e Bruno Alves da Silva. O mesmo sobrenome não é uma coincidência. Eles são irmãos, gêmeos idênticos. E parceiros no crime.

Bruno Silva: Tô naquele trampo do chipzinho, tá ligado?

Homem desconhecido: Tô ligado
Bruno Silva: Aquele que tú insere bonitinho e vai embora.

Segundo a Polícia Civil do Rio, André e Bruno chefiaram uma quadrilha até a última terça-feira. Eles criavam cópias perfeitas de cartões de crédito e débito e conseguiam fazer compras e saques fraudulentos.

Fantástico: Houve então a clonagem desses cartões com chip?
Rodrigo Freitas, delegado: Há fortes indícios de que essa quadrilha de carders conseguiu a clonagem.

O Brasil é considerado um dos pioneiros em sistemas de segurança contra clonagem de cartões e as fraudes também costumam chegar primeiro por aqui. Não é de hoje que cartões são clonados. Muita gente deve se lembrar do ‘chupa-cabra’. Aquele equipamento instalado por golpistas em caixas eletrônicos para roubar dados dos cartões. Para acabar com a farra dos ‘chupa-cabras’, foi criado o chip. Um microprocessador, parecido com o processador do computador, só que bem menor, que consegue receber e repassar informações de forma segura. 

Os chips armazenam dados criptografados, ou seja, informações embaralhadas por um sistema que apenas os bancos conseguem decifrar. Mas pela primeira vez essa tecnologia sofisticada foi violada. E não só pelo bando dos gêmeos. É algo que já acontece em outros pontos do Brasil. 

Um vídeo obtido, com exclusividade, pelo Fantástico mostra o momento em que um delegado da Polícia Civil de Curitiba e um perito de uma operadora de terminais de pagamento analisam o material apreendido em uma operação. “Um técnico de uma instituição financeira veio até aqui a delegacia e comentou conosco que aqueles equipamentos ali já estavam aptos a burlar aquele sistema de segurança dos chips dos cartões bancários”, conta o delegado Marcelo de Oliveira. Os bandidos se preocupavam somente com o chip.

A tarja magnética desses cartões era apenas um enfeite. “Então ele pintou o lugar da tarja magnética, e aí você não lê nada”, diz o técnico de uma instituição financeira para o delegado Marcelo Oliveira. Lorenzo Parodi é especialista em fraudes bancárias e monitora a ação de quadrilhas ao redor do mundo. Ele destaca o ineditismo do golpe. “Esse tipo específico de fraude, não tinha visto ainda no Brasil. Há falhas e essas falhas são exploradas”, diz Lorenzo Parodi, especialista em fraudes bancárias.

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