quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

DISCURSO POLITICAMENTE INCORRETO

O discurso politicamente incorreto é, em oposição ao chamado politicamente correto, uma forma de expressão que procura externalizar os preconceitos sociais sem receios de nenhuma ordem, funcionando como um eufemismo para discurso de ódio em contextos satíricos e editoriais. Em geral, confunde-se com opiniões de extrema-direita, mas pode ser também expressão de simples preconceitos cotidianos. 
No Brasil, é normalmente associado a um tipo de humor que envolve antissemitismo, homofobia, estupro, racismo, machismo e outras formas de degradação da dignidade humana. Em muitos países, o discurso politicamente incorreto constitui crime de ódio.

Características
Segundo os defensores do politicamente incorreto, há uma conspiração do politicamente correto que impede um exercício efetivo da liberdade de expressão. Em geral, os defensores do politicamente incorreto defendem que suas opiniões são minoritárias, e que não geram efeitos nocivos na sociedade. Seus críticos dizem que "politicamente incorreto" é apenas um sinônimo para fascismo e que tais preconceitos são oriundos de discriminações atávicas contra minorias. Além disso, indicam que não há real patrulhamento dessas opiniões, que são amplamente reproduzidas nas sociedades contemporâneas. Como qualquer discurso de ódio, o humor politicamente incorreto não deve necessariamente ser entendido como compatível com os direitos do homem.

A expressão também foi utilizada, no Brasil e no resto do mundo, por grupos conservadores (em especial das extremas-direitas , como o americano Téa ou o fórum neonazista stormfront; "As origens do politicamente correto", por exemplo, de Bill Lind, é um texto amplamente divulgado por ramos de extrema-direita, como o Stormfront, um fórum para "nacionalistas brancos", considerado neonazista Bill Lind se identifica com a extrema-direita norte-americana, o Tea Party Suas publicações, longe de ser consensuais, são polêmicas. Lind alega que "o verdadeiro dano para as relações raciais não veio da escravidão, mas da reconstrução, que não teria ocorrido se o Sul tivesse vencido a Guerra de Secessão" . Ele também nega o holocausto) para se referir a um suposto patrulhamento ideológico por parte de liberais e marxistas. Nos Estados Unidos, a expressão foi empregada na publicação do Guia Politicamente Incorreto, de matriz conservadora (desta série, todos os guias defendem opiniões de direita ou extrema-direita , da supremacia conservadora ao criacionismo. No Brasil, duas publicações de título semelhante foram divulgados recentemente: o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, e o Guia Politicamente Incorreto da História da América Latina. Em um desses livros alega-se que Evita Perón detinham bens roubados pelos nazistas. Segundo resenhas do Estado de São Paulo (esta, escrita pela professora titular da USP, Maria Lígia Prado, especialista em história latino-americana) e da Folha de São Paulo, os guias buscam denegrir a imagem de figuras liberais e da esquerda, pois acreditam que toda a história anterior é uma invenção de marxistas politicamente comprometidos, e reproduzem dados que não são precisos em sua tentativa de deslegitimar a historiografia acadêmica. Um dos livros já havia sido criticado antes nas mesmas bases, indicando-se suas aproximações inadequadas ("As aproximações inadequadas são um problema. É muita ligeireza, até para quem se pretende provocador, associar, mesmo indiretamente, a ALN ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A ALN, grupo guerrilheiro dos anos 60 e 70, nada tem a ver com o banditismo contemporâneo") e "afirmações tão peremptórias quanto débeis".

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