O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um discurso de homenagem ao ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, morto no mês passado, para defender os governos do PT de denúncias de corrupção e argumentar que eles deram autonomia à Polícia Federal. Em referência velada à Operação Lava Jato, Lula criticou ainda o que chamou de “vazamentos seletivos” e “linchamento midiático”.
Deflagrada pela PF, a Lava Jato investiga um esquema de desvio de recursos da Petrobras e de pagamento de propina a partidos políticos. As apurações atingiram aliados do Palácio do Planalto e têm desgastado o governo da presidente Dilma Rousseff, municiando duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso e aumentado a pressão pela troca de toda a diretoria da estatal.
Para Lula, hoje “setores partidários e da imprensa” fazem “tábula rasa de sagrados princípios do Estado de direito”. “Nesse momento que se realizam investigações capazes de conduzir ao expurgo de praticas ilícitas e ao juízo de corruptos e corruptores, há setores que se lançam à manipulação de denúncia e ao vazamento seletivo de inquéritos”, afirmou o ex-presidente.
“Pessoas e instituições investigadas tornam-se alvo de prejulgamento público sem acesso proporcional ao direito de defesa”, acrescentou. O petista participou na manhã desta quinta-feira, 18, de cerimônia em homenagem aos 10 anos da Reforma do Judiciário, solenidade que também contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, do procurador-geral da República Rodrigo Janot e do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
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