A presidente do país Cristina Kirchner disse que não irá dar calote na reestruturação da dívida. "Queremos cumprir, honrar essa dívida e vamos fazer isso, mas não queremos ser cúmplices dessa forma de fazer negócios", afirmou ela em cadeia nacional, na segunda-feira.
Ministro
"Vamos enviar nossos advogados para falar com Griesa (o juiz que ordenou o pagamento de 100% da dívida de US$ 1,5 bilhão em dinheiro). Se pagarmos (aos fundos especulativos demandantes), os outros credores (que aceitaram a reestruturação da dívida) pedirão imediatamente que paguemos US$ 15 bilhões. Não podemos pagar isso, não é razoável", disse o ministro Kicillof em uma coletiva de imprensa para explicar a estratégia do país em relação à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos.
"Vamos enviar nossos advogados para falar com Griesa (o juiz que ordenou o pagamento de 100% da dívida de US$ 1,5 bilhão em dinheiro). Se pagarmos (aos fundos especulativos demandantes), os outros credores (que aceitaram a reestruturação da dívida) pedirão imediatamente que paguemos US$ 15 bilhões. Não podemos pagar isso, não é razoável", disse o ministro Kicillof em uma coletiva de imprensa para explicar a estratégia do país em relação à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos.
Para o ministro, a decisão da Justiça americana que obriga o país a pagar a dívida suspensa aos fundos especulativos busca "derrubar" a reestruturação negociada com os credores, levando o país a uma moratória.
O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, disse nesta terça-feira (17) que a Argentina vai tentar negociar uma forma para evitar que o país suspenda o pagamento da sua dívida externa. Kicillof afirmou que a decisão do juiz "não é razoável".Na segunda, a Suprema Corte norte-americana se recusou na segunda-feira a ouvir o recurso do país sobre a tentativa de evitar o pagamento de US$ 1,33 bilhão a credores de fundos de hedge, conforme havia decidido uma instância inferior da Justiça norte-americana.![Ministro da economia argentino diz que país tentará negociar pagamento de dívida determinado pela Justiça. (Foto: ALEJANDRO BELVEDERE / TELAM / AFP)](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_vhVCA0myAulPYz2lgwEghfeT_ojoLGR-9t1PRNUO_Z501Kl29WYl2YESlaI_VbIR--7qzVRRi11-1JubnwD_inshrR3ki-EOyDksHAYV0QuxMQSkrsphoOVTDxucYr04R6fXXYKLjPUl_ug2niLxKJcuoLW_dYcSttbDvOXKjGXh1od4Ce4IWbWaBM=s0-d)
A decisão levou a agência de classificação de risco Standard & Poor's a rebaixar o rating da Argentina para "CCC-" por ver maior risco de default na dívida em moeda estrangeira do país."Minha impressão é que querem derrubar a reestruturação da dívida argentina", disse. Segundo Kicillof, "se a Argentina se vir obrigada a pagar os fundos abutres, o país será empurrado para uma moratória", e esclareceu: "Não estamos dispostos a negociar sob qualquer condição".
Calote e renegociação
Os "fundos abutres" foram comprados de empresas à beira da falência com o objetivo de recuperá-las depois. No caso da Argentina, o governo do país considera que muitos investidores compraram títulos da dívida mesmo depois de o pagamento ter sido suspenso.
Os "fundos abutres" foram comprados de empresas à beira da falência com o objetivo de recuperá-las depois. No caso da Argentina, o governo do país considera que muitos investidores compraram títulos da dívida mesmo depois de o pagamento ter sido suspenso.
Após o calote de 2001 e 2002 em US$ 100 bilhões, credores de 93% dos bônus da dívida argentina aceitaram participar das trocas dos papéis, reduzindo para US$ 0,25 a US$ 0,29 cada dólar devido.
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