Comentários desrespeitosos e de cunho machista não faltaram no primeiro "toplessaço" do Rio – organizado neste sábado para marcar o primeiro dia do verão e fazer campanha para que a prática deixe de ser crime e seja vista como natural.
Mas as reações na areia mostram que a realidade ainda está muito longe disso.
As primeiras mulheres que se arriscaram a tirar a parte de cima do biquíni foram rapidamente cercadas por dezenas de fotógrafos e cinegrafistas, muitos gritando para que olhassem em sua direção para fazer a foto.
Muitos homens reunidos no local perguntavam "cadê as oito mil?", em alusão às mulheres que haviam confirmado presença no Facebook.
Outros se dirigiam às mulheres vestidas dizendo: "tira! É pra tirar!". Um vendedor de chá mate no local gritava que aquele era "o mate do peitinho gelado".
O assédio fez com que muitas mulheres desistissem de participar. A estudante Julia Anquier, de 20 anos, diz que não se sentiu confortável para fazer topless.
"Estou chocada, muito decepcionada. É um estupro da mídia e dos homens que estão aqui. É muito baixo nível."
O evento estava previsto para começar às 10h, na altura da Rua Joana Angélica, em Ipanema. O calçadão logo ficou tomado por jornalistas e por homens sentados para assistir.
Ao ver a plateia que as esperava, algumas mulheres foram embora sem sequer por os pés na a
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