Nomes como o do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) e do ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) participaram dessas conversas, assim como o jurista Fabio Konder Comparato. Todos estavam na mesa de lançamento do manifesto, ao lado de nomes como o do embaixador Celso Amorim e do escritor Raduan Nassar, que em fevereiro protagonizou uma polêmica ao criticar o governo diante do ministro da Cultura, Roberto Freire. Bastante solicitado e aplaudido, ele não discursou ontem, nem fez declarações antes ou depois do evento.
"Vai ser o maior movimento popular da história moderna do Brasil, pós 64", disse Ciro Gomes ao coletivo Jornalistas Livres, após o evento, comentando a greve. Para ele, há chance de ainda barrar as reformas. "A base do canalha, a quadrilha que hoje manda no Congresso, só tem um medo: de um povo informado que anuncie que um voto contra o povo, agora, doravante, não será mais impune."
Em uma das primeiras fileiras da plateia que lotou o salão, entre outros, estava a ativista de direitos humanos Margarida Genevois, 94 anos completados em março. Próximo, o economista Antonio Corrêa de Lacerda, outro signatário do manifesto, como o empresário Mário Bernardini, além do historiador José Luiz del Roio e do jornalista Raimundo Rodrigues Pereira. Entre os políticos, foram ao evento o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP, líder da bancada na Câmara) e Orlando Silva (PCdoB-SP).
Comparato observou que qualquer mudança precisa de participação popular. "Não somos nós que vamos reconstruir o Brasil, deve ser o povo brasileiro. Nós temos de pôr o povo não não condição de figurante do teatro político, como foi até hoje, mas como soberano", afirmou. "Qual é o coração de uma nação? É o povo."
"Intelectuais não resolvem muita coisa", endossaria, pouco depois, o próprio Bresser-Pereira. "Nós precisamos de políticos", acrescentou, dizendo-se preocupado com a tentativa de "desmoralização" da política no Brasil. Ele citou a importância da presença de nomes como Ciro e Haddad para discutir o que chamou de "novo desenvolvimentismo", uma renovação das ideias sobre desenvolvimento, que sejam progressistas e sociais. "O Brasil precisa voltar a ser nação."
Não é o caso do atual governo, que no manifesto é apontado como "antinacional e antipopular". Segundo o texto, a política macroeconômica imposta ao país pela gestão Temer apenas agravou a recessão.
Petrobras "esquartejada"
"Buscando reduzir o Estado a qualquer custo, o governo corta gastos e investimentos públicos, esvazia o BNDES, esquarteja a Petrobras, desnacionaliza serviços públicos, oferece grandes obras públicas apenas a empresas estrangeiras, abandona a política de conteúdo nacional, enfraquece a indústria nacional e os programas de defesa do país, e liberaliza a venda de terras a estrangeiros, inclusive em áreas sensíveis ao interesse nacional", afirma o manifesto, com mais de 9 mil assinaturas até ontem.
"Existe uma alternativa à política populista econômica de direita – e também de esquerda", disse Bresser-Pereira. "Nós, nacionalistas, desenvolvimentistas e progressistas, sofremos uma derrota com o fracasso do governo da Dilma", acrescentou, criticando os que assumiram o poder a partir de um golpe, "usando toda a imprensa a favor deles", com a visão de que "a solução é liberalizar tudo, é reduzir o tamanho do Estado". O documento lista cinco pontos macroeconômicos centrais (leia a íntegra ao final deste texto, além dos subscritores originais).
O momento é de partilhar ideias e lutar por elas, disse o economista e também ex-ministro Luiz Gonzaga Belluzzo. "Não é hora de ficar com disse-me-disse. Nós, intelectuais, precisamos vestir a roupa do homem comum, prescrutar a sua alma", afirmou, para citar aquele que ele considera seu "maior inspirador" nos últimos tempos, o Papa Francisco: "A política não deve ser feita por aqueles que prezam suas mansões, seus carros de luxo, mas pelo homem comum".
Voltando dos Estados Unidos, Amorim contou ter dificuldades para explicar o que aconteceu no Brasil. Disse ter se saído com uma comparação: "Imagine o Trump substituindo o Obama sem uma eleição. Foi o que aconteceu". Apresentado por Ciro Gomes como responsável pela política externa mais "audaciosa", talvez, desde o Barão do Rio Branco (pioneiro da diplomacia brasileira), o ex-ministro fez referência à Emenda Constitucional 95, que congela gastos públicos. "Nunca vi no mundo um congelamento de despesas sociais por 20 anos, por emenda constitucional. Isso não existe."
Presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino afirmou que o Brasil não teve uma simples mudança de governo, mas uma ruptura. "O que está em jogo é a destruição de um modelo de desenvolvimento", afirmou, pregando "defesa intransigente da democracia, do nosso ordenamento jurídico, da nossa Constituição, dos direitos sociais e trabalhistas e da soberania", Um dos focos do golpe, avalia, foi "o fato de termos descoberto a maior reserva de petróleo de boa qualidade nos últimos 30 anos", referindo-se ao pré-sal. Por todos esses fatores, ele acredita que a greve geral de hoje pode se tornar "a maior manifestação política de nossa história, unitária, madura e democrática".
Contra a greve "se levantam todas as velhas forças do sistema oligárquico", afirmou a professora e economista Leda Paulani. "A greve geral é uma resposta ao assalto que foi perpetrado no Brasil. Assalto ao poder, aos sonhos, à esperança de que o Brasil pode vir a se constituir como nação, efetivamente."
O ato foi aberto com a interpretação do Hino Nacional pela soprano Lucila Tragtenberg. "O país inteiro está sob ataque. Onde a gente olha, há uma sanha destruidora em curso." O evento foi organizado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé.







O jovem Danilo Alves Santos, de 23 anos, foi morto e três meninas foram baleadas na madrugada deste domingo (23), entre 4 e 6 horas, em Feira de Santana. As vítimas tinham acabado de sair de uma festa de paredão no distrito de Matinha.




A Câmara de Vereadores de Itabela rejeitou as contas do ex-prefeito Júnior Dapé em sessão realizada na manhã desta quinta-feira (20). Por unanimidade de 11 votos, a casa legislativa acatou a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e manteve a reprovação das contas, que foram referentes ao exercício de 2015.








Atiradores mataram ao menos nove homens e deixaram outros quatro feridos em duas chacinas entre a noite de terça-feira (4) e a madrugada desta quarta-feira (5) na capital paulista. Os casos foram no Jaçanã, na zona norte, e no Campo Limpo, zona sul, com um intervalo de menos de uma hora entre um e outro. O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa, disse que inicialmente não se estabeleceu nenhuma relação entre os crimes.




Clemilson Santiago Dias, que foi candidato a vereador pelo PDT, solicitou ao Diretório Municipal que promova os meios necessários para instauração de um procedimento administrativo, no sentido de apurar a infidelidade partidária do Secretário de Assuntos Institucionais do Governo Mario Alexandre.

Em operação comandada pelo Cabo PM Almir, com apoio dos soldados Washington, Elquisson e Stenio, foi localizada neste domingo (2), cinco pés grandes de maconha na região do Jacarandá, distrito de Santa Luzia. A PM chegou até à propriedade, após denuncia anônima. Segundo a polícia, a maconha estava sendo cultivada na fazenda de propriedade de Diogo Loureiro Silva, que não se estava no local. Foram encontradas também várias sementes de maconha e uma arma de fabricação artesanal. Todo material apreendido foi apresentado no plantão policial, para medidas judiciais.

Anderson Gomes de Novais, 28 anos, foi baleado, na noite deste sábado (1), na Rua Londrina no bairro Nova Califórnia, em Itabuna. A vítima, que recebeu um tiro nas costas, foi socorrida pelo Samu 192 ao Hospital de Base e não corre risco de morte. Segundo informações preliminares, a tentativa pode ter sido motivada por vingança, por conta de uma rixa antiga entre Anderson e um homem de nome não divulgado. Esta informação está sendo apurada pela polícia, que já investiga o caso.
foi morto a pauladas, nas últimas horas, na frente de uma agência bancária que fica ao lado do Terminal Rodoviário de Camaçari. Segundo informações da polícia, o homem, que não teve a identidade revelada, era morador de rua e foi golpeado na cabeça e outras partes do corpo. A suspeita inicial é de que ele foi agredido enquanto dormia. A vítima foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), mas já chegou à unidade médica sem sinais vitais, de acordo com os policias. A polícia ainda não tem informações sobre autoria e motivação do crime. O caso será investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari.