terça-feira, 13 de maio de 2014

Manicure torturada e morta roubou R$ 27 mil de bandido, diz polícia

Mãe de cinco filhos, ela estava desaparecida desde 24 de abril, data do crime



A manicure Ane Kelly Santos, de 26 anos, que foi sequestrada, torturada por quatro pessoas e assassinada em Barueri, na Grande São Paulo, furtou R$ 27 mil de um bandido da vizinhança, segundo a Polícia Civil. Três suspeitos foram presos e um adolescente está sendo procurado. Eles foram identificados em um vídeo que mostra Ane sendo torturada durante três horas. Mãe de cinco filhos, ela estava desaparecida desde 24 de abril, data do crime.

Segundo o delegado Itagiba Franco, titular da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), Jacson Nunes Pereira, de 21 anos, guardava R$ 27 mil em casa. Ele mesmo confessou que o dinheiro é proveniente de roubos de motos e carros e de máquinas caça-níqueis. Pereira começou a perceber, no entanto, que a quantia estava diminuindo nos últimos tempos. Pereira desconfiava de três pessoas: de sua namorada, Renata Fonseca da Silva, de 27 anos; de seu amigo Valmir Lima de Oliveira, também de 27; e de Ane Kelly, a vizinha manicure que fazia faxinas esporádicas em sua casa. A manicure, no entanto, era sua principal “suspeita”.

Pereira notou que, nas últimas semanas, Ane Kelly fazia compras incompatíveis com sua renda, como uma televisão. Em depoimento, Pereira afirmou que ela roubou todo o dinheiro que ele guardava. “A gente trabalha para conseguir as coisas”, disse, em depoimento. A primeira informação divulgada pela polícia era que a manicure havia sido linchada por roubar alimentos.

Tortura
Pereira levou os três para um barraco usado por usuários de droga da região. A ideia era matar todos que estivessem envolvidos no roubo. Na primeira coronhada, a manicure teria confessado. 

Então, Pereira, seu amigo, a namorada e um adolescente que estava usando drogas no local tentaram enforcá-la, furaram um de seus olhos com um garfo, a queimaram, atiraram com um revólver em seu pé e martelaram o dedão de um dos pés. Depois, jogaram sal nos ferimentos. “O vídeo é de uma selvageria e maldade tão grandes que é difícil suportar que um ser humano faça isso com outro”, disse o delegado Franco.

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